"A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas."
(Manoel de Barros)
Bjimm
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
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5 comentários:
nao sou muito de blog de poemas
mas até que está legal
"Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas."
Taí, pois é ele e eu! rá!
Preciso urgentemente ser Outros!
Beijo, florzinha!
Brilhante poema, percebe-se uma sutil e paradoxal atmosfera, onde o poeta completa-se versando sobre incompletudes, inclusive deixa totalmente explicita a sua própria incompletude-completa em meio às suas aceitações inaceitáveis !
Grande beijo !
no fim das contas, todo mundo tem em si um tanto do mundo todo não é verdade?
basta despertar todas essas faces e os feitos mais inimagináveis serão possíveis.
amei. ^^
Que lindo! =)
Nós somos todos o tempo inteiro, e somos sós.
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